Todos as pessoas tem, ou deveriam ter, um lugar especial. Um lugar em que você se sente bem com você mesmo. Um lugar que te renova, traz boas energias e te leva a um estado de paz e solitude.
Meu lugar especial, desde moleque, é o parque do ibirapuera. Espécie de oásis no meio dessa selva de pedra caótica que é sao Paulo, o Ibira, como nos paulistanos o chamamos (mesmo os que o são por adoção, como eu) é o lugar especial de muita gente, democrático que é. Aceita todos de braços frondosamente abertos.
Aqui se vêem idosos namorando, crianças brincando com os patos, atletas correndo, skates e patins manobrando entre suas marquises, bicicletas e mais bicicletas, vendedores de água de coco ganhando seu pão, adolescentes jogando bola, ricos, pobres, negros, brancos, ruivos, orientais, enfim... Um pequeno mosaico que reflete a diversidade que compõe a cidade de São Paulo.
Aqui passei horas de minha juventude, jogando bola, correndo, andando de skate, bicicleta. Conheci pessoas interessantes, vi, pela primeira vez, o céu através das lentes de um telescópio, namorei por suas alamedas, me diverti, chorei minhas magoas.
Tenho a sorte de viver próximo a um lugar abençoado. Um espaço que nao julga, acolhe. Uma dadiva a todos que aprendem como desfrutar de suas ruas e espaços verdes.
Aqui venho sempre que preciso de foco, pensar, escrever ou simplesmente de uma descarga de adrenalina esportiva.
É dificil fazer afirmações sobre o futuro mas uma coisa eu sei... caminharei por essas árvores, apreciando este ar puro, até o ultimo dos meus dias.
Grande Ibira!
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