sábado, 3 de agosto de 2013

O que você faria se fosse Deus?



Imagine que Deus resolvesse tirar umas férias de alguns séculos, afinal ninguém, nem Ele, é de ferro. 

Para não deixar o universo as favas seriam feitas eleições para decidir quem assumiria como Deus in absentia. A única exigência é que, os interessados, deveriam enviar, por escrito, sua plataforma de governo. 

Se você fosse um dos postulantes ao cargo, o que faria se eleito?  

Agiria como a Emília, do Sítio do Pica-pau Amarelo que usava o “faz de conta” para plantar melancias em árvores, parar as pulgas no meio de seus pulos e acabar com a morte das galinhas?

Ou como Zeus, jogaria raios na cabeça de quem te torrasse a paciência?

Bom... Vocês eu não sei, mas... Veja o que eu faria:

Primeiramente, mudaria as leis da física. Acabaria com esse negócio de não se poder viajar mais rápido do que a luz. O universo é gigantesco, cheio de estrelas, buracos negros, asteroides, planetas habitados e tal e cousa e lousa e maripousa e é até um pecado (até porque Eu decidiria o que é pecado!) não podermos explorá-lo!

Também diminuiria um pouco a gravidade terrestre e daria asas aos seres humanos. Assim, poderíamos voar por aí... Além de receber uma medalha do greenpeace, aposentando de vez automóveis, metrôs e ônibus, ninguém precisaria mais sofrer e se estressar em engarrafamentos da marginal, rodoviárias e aeroportos mequetrefes.

Provavelmente faria com que vivêssemos cerca de 300 anos. Para não criar um problema, diminuiria a taxa de natalidade humana, de forma que a terra não ficasse abarrotada de tiozinhos bicentenários.

Mandaria uns pecadores (definidos por mim, óbvio) para o inferno. Seria o fim dos políticos, empresários picaretas, do Lewandowsky e presidentes da Coréia do Norte. O José Dirceu, eu só mandaria de volta para Cuba.

Comida nunca mais iria engordar. Chega de dieta, academia e papinho de healthy-freaks. Todos poderiam comer de tudo e se manter esbeltos e saudáveis, sem frescuras.

Criaria mais três dias na semana (Para isso, mudaria a história da criação do mundo. Imaginem: "E Deus criou o mundo em 6 dias e, nos quatro seguintes, foi para a praia"). Assim todos os fins de semana seriam feriados prolongados. Afinal, trabalhar é muito chato, vamos combinar.

Como um Deus Palmeirense (não queria me gabar, mas torço para o Palestra) prometo não ser imparcial com o Corinthians... Se eleito faria com que eles ganhassem a segunda divisão todo ano.

Durante minha regência, todos iam nascer sabendo. Acabaria com esse negócio de ir à escola. Adeus provas, lição de casa, aula às sete horas da manhã, meu Eu!! Faria com que todo mundo passasse a infância e adolescência brincando e fazendo esporte.

Atendendo a muitos pedidos, faria com que as mulheres conseguissem se expressar de uma forma que os homens as entendessem e vice-versa. Parafraseando Neil Armstrong, um pequeno passo para o homem, mas um grande passo para a humanidade.

Nosso cérebro funcionaria de forma mais simples. Ao invés de anos e anos de terapia para aprender como andar para o lado ou dar um pulo, teríamos um painel na cabeça, apinhada de botões e alavancas que controlariam nossas ações e sentimentos.

Quer sentir alegria? Aperte o botão verde. Quer ficar calmo? Puxe a alavanca do meio. Brigou com a namorada? Pressione aquele grande botão vermelho escrito perigo... E assim por diante.

Definitivamente exterminaria o horário eleitoral gratuito e a voz do Brasil (Ninguém merece) substituindo-os, respectivamente, por séries inéditas da HBO e rádios de rock. Também mandaria o sertanejo universitário para o raio que o parta. Literalmente.

Durante meu reinado, os animais de estimação poderiam falar. Vai dizer que sou só eu que quero saber por que os cachorros correm atrás do rabo ou os gatos só vem perto da gente quando estão com fome?

As disputas entre povos não seriam mais resolvidas através de guerras. Em seu lugar, organizaria torneios de videogame. Os Brasileiros não aguentam mais os argentinos? 

Que desafiem os caras para um embate de Winning Eleven e está tudo certo.

Outra medida importantíssima é fazer com que todos, repito, TODOS os atendentes de call center servissem para alguma coisa e resolvessem de verdade nossos problemas. Em um minuto, é claro.

Para terminar, faria com que todos parassem de olhar para cima pedindo por um milagre para resolver seus perrengues. Com isso, quem sabe as pessoas assumissem mais seus erros e os encarassem de frente, ao invés de sair pela tangente e jogar a responsabilidade para o alto.

Afinal, a vida não é um mar de rosas, mas, se tomarmos um tombo, devemos nos levantar o mais rápido possível e tentar de novo. E sem apontar dedos!

Nosso destino só Deus conhece, mas cabe a cada um de nós, e a mais ninguém, traçá-lo.

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