terça-feira, 25 de junho de 2013

Não questione as motivações dos protestos! Pergunte o que você pode fazer para melhor direcioná-los!

É engraçado ver pessoas que nunca tinham opinião sobre nada, nunca se interessaram por bons livros, conversas mais profundas, cursos paralelos, viagens à lugares fora do eixo Disney-Cancún, fugiam de temas mais filosóficos, resumindo, não queriam saber de coisas que incomodassem... que fossem diferentes do conhecimento padrão que ensinaram nas escolas e faculdades que frequentaram, pelo contrário aliás! Adoravam tachar qualquer um que ousasse aprender ou opinar sobre esse assuntos de loucos, de extremistas em busca de atenção, entre outros adjetivos que colecionei durante a vida, simplesmente por me preocupar demais, por ler demais, por querer saber sempre mais e por ter coragem de me posicionar.

De repente apareceu uma geração de meninos bem intencionados, que resolveu se posicionar também... mas nas ruas!
Com isso, vejo essas mesmas pessoas que passaram suas vidas usando seus pequenos cérebros para guardar marcas de cerveja, decorar campeonatos de futebol, palavras como swell, raole, kao, long john entre outras, e lembrar quem figurou na capa da playboy em 2005 se tornando verdadeiros especialistas em economia, doutores em política interna e externa brasileira, além de “grandes conhecedores de mercado financeiro”.

Óbvio que repetem lugares comuns. Não se aprende o que se necessita quase uma vida, em 10 dias. Mas já é um começo. Se esses garotos nas ruas e seus protestos servirem para acordar uma geração perdida, já será uma grande vitória.

Agora um aviso: Quem pensa que eles estão ai para tirar Dilma, para reforma política, para travar PEC 37 ou outro detalhe desse naipe, pense além. O que esta realmente acontecendo é algo muito, mas muito maior, que só teremos a real dimensão em uns 10, 20 anos.

Essas passeatas, esses protestos estão aí para mudar o país. Nós estamos reescrevendo a história do Brasil. Todos os países desenvolvidos passaram por um período de transição mais ou menos sangrento, para diminuir as desigualdades sociais, achar um peso adequado para o estado, encontrar uma forma de controlar a corrupção endêmica, melhorar o nível dos serviços públicos e o da legislação vigente, deixando assim, suas empresas mais competitivas internacionalmente. Esta transição foi as vezes dolorosa. Quase sempre com o povo nas ruas.

Estamos vivenciando este processo. É isso que essa meninada começou...

Cabe a nós, todos brasileiros vivos nesta época, conduzi-lo da forma mais tranquila e democrática possível.

Disso, depende o futuro deste grande país. Seremos julgados pela história pelo que fizermos nas próximas décadas, então, vamos trabalhar porque agora, finalmente, temos uma chance real de mudar.

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